Sobre nós

Decidimos ajudar outras pessoas a proporcionar uma criação bilíngue a seus filhos. Esta ajuda será oferecida na forma de dicas e opiniões, além de informações científicas sobre o assunto.

Sabemos que já existem outros blogs bem competentes que tratam do assunto. Então você se pergunta: "o que esse tem de diferente?"
Acho que a melhor resposta seria: "o público-alvo".

A maioria dos textos e blogs sobre o assunto se foca em casais com línguas pátrias diferentes ou em famílias morando em um país com uma língua diferente da sua. Nessas situações, é mais fácil criar uma criança bilíngue, pois a comunidade e a família já são multilíngues.

Este blog irá ter como alvo principal famílias cuja língua pátria de ambos os pais sejam a mesma, e que estão em um país que têm a mesma língua que eles. Em outras palavras, como criar um filho bilíngue no Brasil, filho de pais brasileiros.
Isso pois essa é exatamente a nossa situação. Tanto eu quanto minha esposa somos brasileiros, filhos de brasileiros, que cresceram falando apenas português. Fomos aprender inglês depois da adolescência. E posteriormente espanhol, japonês e francês.

Então, vamos nos focar inclusive em aspectos sócio-culturais da questão. Pois quando pais brasileiros morando na China falam em português com seus filhos ninguém estranha, mas quando pais brasileiros, morando no Brasil, falam com seus filhos em inglês, por exemplo, muitos estranham (inclusive a família).

Sintam-se livres para nos enviar perguntas e sugestões.

Marcelo e Patty Perrucci

11 comentários:

  1. Oi, achei muito interessante o blog de vcs, tem alguma biografia sobre OPOL? Pois, estou com algumas dúvidas. Sou brasileira casada com um sueco e estamos esperando nosso primeiro filho. Moramos no Brasil e já haviamos pensado em adotar essa metodologia, porém, e a comunicação entre nos? fico com medo de falar em portugues porque meu marido apesar de falar bem a lingua comete muitos erros de grámatica e tenho medo que o bebe passe a falar errado tbm, o sueco eu não domino entendo pouco, nos falamos bastante em ingles, mas, ai seria uma 3 lingua para o bebe ouvir...qual é o mais indicado? Vcs sabem?

    Gostaria de ler mais a respeito se puderem indicar alguma coisa.

    Obrigada

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    1. Olá Gabriela,

      Primeiramente, agradeço pelo comentário, e me desculpo pela demora em publicá-lo. Nosso segundo filho acabou de nascer (ele está com 9 dias), então estávamos correndo para preparar tudo para a chegada dele e acabamos negligenciando o blog por alguns meses. Mas pode deixar que já tenho algumas postagens só esperando por revisão. =)

      Em relação a livros sobre o assunto, o que eu achei mais interessante foi o The Bilingual Edge. Ele foi escrito por dois pesquisadores (e, mais importante, pais!). É uma leitura leve e descontraída, mas eles embasam tudo que colocam no livro com diversas pesquisas.
      Segue o link do livro no Book Depository. Esse site entrega no mundo todo com frete grátis.
      http://www.bookdepository.com/Bilingual-Edge-Kendall-King/9780061246562

      Agora vamos falar especificamente do caso da sua família.
      Vou dar uma sugestão, mas como eu disse diversas vezes aqui no blog, a escolha é de cada família, e cada família usa o sistema que se adapta melhor a ela.
      Antes da sugestão, vou responder às suas dúvidas.
      A comunicação entre você e seu marido não precisa ser na mesma língua que vocês usam com o bebê. Caso vocês usem o Inglês entre vocês, será uma terceira língua para seu filho. E isso é ótimo para ele! rs
      Quanto aos erros gramaticais, digo sem medo, para criar um filho em outra língua, eles não tem importância nenhuma.
      Também passei por isso, mas pense assim: é natural que as crianças falem errado quando começam a falar. Tanto pronúncias quanto construções gramaticais. O importante no começo da infância é a construção de um vocabulário e das regras mais simples de construção de frases.
      Uma criança que diz "mamãe, faz brigadeiro pra mim comer?" está cometendo um erro gramatical (mim comer), mas não por isso ela é menos nativa que uma que já saiba essa regra. Lembre-se que só fomos aprender essa regra gramatical na escola lá na frente junto com os outros pronomes.
      Finalizando o assunto, esses erros só terão real importância na vida do seu filho quando ele tiver entre 10 e 15 anos de idade. Até lá, vocês tiveram 10 a 15 anos pra praticar a língua e pra tentarem se livrar de eventuais deslizes gramaticais. E se mesmo assim ainda ocorrer algum deslize, não tem problema. Como falantes não-nativos, é mais difícil para nós isso. Para nossos filhos, será tranquilo corrigir um vício desses.

      Outra coisa importante, é que você e seu marido respondam a seguinte questão:
      Quais idiomas vocês querem que seu filho saiba?
      Se a resposta for apenas o Português e o Sueco, vocês podem usar o OPOL, e usar o Português entre vocês.
      Caso vocês também achem importante que ele tenha uma base do Inglês desde pequeno, continuem usando o Inglês entre vocês, sem problemas.
      Caso vocês achem o Inglês muito importante, tenho uma sugestão mais radical: uma mistura do OPOL com o ML@H. Explico: Seu marido usaria o Sueco com ele, e você usaria o Inglês. O Português ele aprenderia com os seus familiares e na escola (caso vocês decidam colocá-lo em uma escola brasileira).
      Dessa forma, ele seria trilíngue!
      Até ele entrar na escola, o Português seria bem 'pequeno', mas isso mudará poucos meses depois que ele entrar na escola.

      Como eu disse, é apenas uma sugestão, uma vez que vocês tem a possibilidade de proporcionar um ambiente trilíngue para ele. Mas não existe óbice nenhum em usar apenas dois idiomas. Lá na frente, ele conseguirá adquirir o Inglês facilmente. Estudos mostram que é muito mais fácil para crianças bilíngues adquirirem novas línguas depois de crescidos do que crianças monolíngues.

      É isso. Espero ter respondido de forma satisfatória suas dúvidas.

      Qualquer coisa, estamos aqui para ajudar. Sinta-se livre para nos mandar outras dúvidas, críticas, sugestões etc.

      Sinta-se livre também para marcar o blog nos favoritos e dar uma passadinha aqui de vez em quando. rsrs
      Vou tentar atualizá-lo com mais frequência. =)

      Um grande abraço,
      Marcelo

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  2. Olá, gostei muito do site. Moro nos EUA já faz 12 anos. Meus filhos tem 4 e 6 anos e falam muito bem português e inglês. Trabalho de casa desenvolvendo aplicativos infantis educativos em Português, Espanhol e Inglês. Acredito que a tecnologia se usada com limitações pode ajudar as crianças a manterem o interesse por outras línguas pelo fato de ser divertido.

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    1. Com certeza, Natalie!
      A interatividade dos aplicativos é muito mais estimulante do que a passividade de assistir TV, por exemplo.
      Nossa filha está com 2 anos, e adora brincar com o iPad da mãe. Diversos apps são focados em crianças dessa idade, e estimulam muito o aprendizado.
      Sinta-se livre para mandar o link de seus apps. =)
      Abraços,
      Marcelo

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  3. Também gostei muito do site! Só agora li esta página de "Sobre". Me enquadro exatamente na posição do casal que construiu este blog, além de também aprender japonês.

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  4. Olá,
    Conheci hoje o blog e gostei muito ;) Estamos na mesma situação que vcs. Somos brasileiros com 2 filhos bilíngues, frequentando escola bilíngue. Eu, como professora de inglês falo mais a língua do que meu marido. O meu dilema é fazer as crianças me respondam em inglês. Tentei me fazer de boba fingindo não entender. Mas como sabem que falo português fluente (pois me ouvem conversando normalmente com outras pessoas) respondem tudo que pergunto em português. Outra tentativas foi só atender pedidos que viessem em inglês. No início compraram a ideia, depois veio aquele "ai que saco mãe!". Não quero forçar nada para que não fiquem com raiva do inglês. Mas sinto que o listening está excelente, mas o speaking estacionou. Alguma dica bacana? Abs e super thanks :)

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    1. Olá Ana,

      Peço desculpas pela demora em responder. A vida está corrida aqui rs.

      Vocês estão no caminho certo! Fingir que não entendemos só funciona quando são muito pequenos. Só atender a pedidos em inglês realmente pode criar uma certa repulsa ao idioma.

      O importante é estimulá-los nas duas línguas.
      Crianças são super espertas! Eles são rápidos em perceber o que é importante para eles se comunicarem. Qualquer coisa redundante será ignorada para dar lugar a outras informações.

      Nesse caso, eles precisam perceber a importância do inglês na vida deles. Seja através de livros, filmes, música ou viagens.

      Vale lembrar que crianças bilíngues costumam oscilar entre as duas línguas como língua 'preferida'. Isso varia bastante ao longo dos anos.

      Então minha dica seria: continue falando inglês com eles e dando a eles oportunidades para usar o idioma. Certamente a escola já abarca grande parte disso =)

      Alias, fiquei curioso para saber a idade deles e qual sistema vocês estão usando.

      Fico à disposição para trocarmos mais figurinhas no marcelo@live.jp

      Um grande abraço!

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  5. Gosto muito do blog!! Poste mais atualizações!!!

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    1. Ficamos felizes pelo feedback Marina.
      Uma das nossas metas para 2016 é postar pelo menos uma vez por mês.
      Aproveitando, segue o post de janeiro =)
      http://criandofilhosbilingues.blogspot.com.br/2016/01/em-que-lingua-devo-disciplinar-meu-filho.html

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  6. Olá,
    O meu caso é diferente do caso de vocês porque eu sou brasileira, o meu marido espanhol e moramos na Espanha. Eu sou a única pessoa que diariamente fala Português com os nossos 2 filhos (4 anos e 1 ano).
    Eles entendem tudo, mas o meu filho mais velho somente fala Espanhol comigo.
    A minha pregunta é: devo exigir que ele fale comigo em Português? Considerando que tem 4 anos. Caso negativo, quando deveria começar a pedir que ele fale somente em Português comigo?
    Segunda pregunta: quando deveria começar a alfabetizá-lo? Considerando que ainda não está alfabetizado em Espanhol.
    Muito obrigada.
    Daniele

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    Respostas
    1. Olá Daniele,
      Agradeço pela visita e te respondo a seguir.

      Sobre a criança não responder na língua que queremos, tratei um pouco do tema nesse post. http://criandofilhosbilingues.blogspot.com.br/2014/08/criar-um-filho-bilingue-nao-e-ensinar.html

      No geral, não recomendo que você force eles a usarem um idioma específico. O que pode ser feito é incluir uma nova regra de etiqueta naquelas que você já ensina aos seus filhos, dizendo que é educado responder na língua que lhe foi perguntado. Mas 4 anos ainda é muito cedo para isso.
      Meu conselho: não se preocupe com isso. Continue usando e incentivando o português com ele. Crie oportunidades para ele usar a língua, idealmente, falando, mas, caso não seja possível, pode ser de forma passiva, com filmes e músicas.
      O problema em forçar uma criança a usar determinado idioma pode transformar isso em uma obrigação. Crianças tendem a testar limites questionando obrigações. Assim sendo, provavelmente irão resistir à língua.
      Um outro ponto relevante é que com 4 anos nem sempre a criança conhece as línguas pelo nome. Por isso, sugiro que você crie algumas situações na qual ele precise completar uma frase que você já começou em português. Talvez com uma adaptação daquele jogo de "I spy...".
      O jogo seria assim, você diz "Eu vejo, eu vejo, com meu olhinho, uma flor vermelha." e ele precisa achar essa flor vermelha. Em seguida, é a vez dele dizer "eu vejo, eu vejo....." e você procura o objeto.
      É uma ideia para estimular o português, mas é importante não corrigir se ele falar em espanhol. E lembre-se que um bilinguismo passivo (ouvir/ entender/ ler) pode ser facilmente convertido em um bilinguismo ativo (falar e escrever).

      Sobre alfabetizar, já tratei do assunto nesse post. http://criandofilhosbilingues.blogspot.com.br/2014/07/ensinando-uma-crianca-bilingue-escrever.html

      Seria legal conversar na escola para saber quando ele deve começar a ser alfabetizado em espanhol. A partir dai, vocês podem julgar, de acordo com sua percepção de seu filho, se é possível alfabetizá-lo em português, em casa, antes da escola iniciar o espanhol. Caso contrário, talvez fosse interessante esperar ele ser alfabetizado em espanhol primeiro, para, no ano seguinte, introduzir o português.

      Espero ter ajudado.

      Um grande abraço,

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